domingo, 25 de novembro de 2012

Livro da Semana - A Grande Invasão

Livro da Semana - A Grande Invasão

Sinopse:

Uma grande invasão? O livro da semana, que vos apresentamos tem como ingrediente principal a ironia.

Será arriscado transportar essa contorção secreta dos lábios que é a ironia às crianças. O melhor é deixarem-se conduzir pela história. O livro começa devagarinho, com graduação científica. " Quando chegaram à Terra eram apenas umas centenas, inofensivos e mais ou menos vagarosos. Depois, aos poucos, foram chegando mais e mais... Quase sem darmos por isso, ocuparam as nossas ruas, as nossas praças e até os passeios por onde caminhamos. Viraram as nossas cidades de pernas para o ar e fizeram os mesmo às nossas vidas. É que estes invasores são tão simpáticos e confortáveis que já quase não conseguimos viver sem eles..." Quem são estes invadores? O automóvel.

Sem moralizar, apreende-se o papel que tem o automóvel na nossas vidas, e os embaraços que causa a sua existência, deveras presente na vida de muitas pessoas. É preciso aliviar a pressão do automóvel.

Assim o livro A Grande Invasão, escrito por Isabel Minhós Martins e ilustrado por Bernardo Carvalho, sem entrar em moralizações "é um verdadeiro “amigo do ambiente”, como promove estilos de vida saudáveis entre leitores de todas as idades."

É uma obra recomendada pela Gulbenkina/ Casa da Leitura, e recebeu o Prémio Ler/Booktailors, para o melhor projecto gráfio infanto-juvenil. Segundo Rita Pimenta, no suplemento Pública do jornal Público de 16.12.2007, a dinâmica da ilustração, o “lettering” escolhido e a forma como texto se distribui e corre na página fazem deste livro mais um exemplo da criatividade do Planeta Tangerina.

Título: A Grande Invasão
Texto: Isabel Minhós Martins e Bernardo Carvalho
Tamanho: 195 x 220 mm
ISBN: 9789729941092
Páginas:32 páginas
Editora: Planeta Tangerina
PVP: 11.90
Idade recomendada + de 7 anos

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Textualidades Vivas


Bruno Miguel Resende discursa à TVI

 Textualidades Vivas

Depois de um interregno que devia fazer corar, voltamos a apresentar poetas do nosso tempo. Esta semana, damos relevo a Bruno Miguel Resende. Poeta intenso na obra como na existência. A foto pode iludir, mas Bruno Miguel Resende já não reside em Vila Real. Desaguou daqui. Esquivem os livros de autógrafos.

Biografia:

Chamado Bruno Miguel Resende nasce a 1 de Março de 1981, segundo o falso calendário cristão, no Porto, Portugal, Universo. Forma-se e informa-se continuamente sobre si e tudo o resto. Autor dos livros Subterfúgios, Khaos Poeticum, Esquilia Divinorum e Descravidades. É escritor, actor, desenhador gráfico, dramaturgo. Entre outras polivalências que surgem. O seu mais recente arroubo literário chama-se Falosofia. Não é porém desse livro o poema que se segue. Bruno Miguel Resende é ainda co fundador em 2010 dos Spabilados - Teatro Hedonista juntamente com Fátima Vale. Virtualiza-se em www.bmresende.tk e em www.spabilados.net. Falosofia pode ser encontrado ou encontrada à venda na Vilateca Livraria Galeria. 

a internidade equinocial

o areal distendia-se no reflexo dos pés
deixava marcas trilhadas de esquecimento
enquanto reflectia a noite no estômago do mar
por perto as estrelas pendiam a espuma

os ventos sulares eriçavam a epifania da água
quentes jorravam no estalo da equidistância
pela humidade abrasiva que transbordava para dentro
desenhando o limite das algas nas pontas dos pés

o rugido era vagaroso como a vaga que ronrona
estendia-se perante a pulverização da roupa
a nudez era muda tocada pelo aguaceiro da chama
constante como tudo o resto que o não era

o corpo ígneo correu para o líquido amniótico
encontrou a fetalidade da memória que não tinha
lembrou-se do que nunca percebera
porque nascia em dança salgada erotizada de lua

existiam gritos que não se ouviam no choque das ondas
e maternidades que não se dão quando a onda se entrega
liquefacções dos átomos que ainda não se repulsaram
estão na centelha da eternidade eternamente perdida

a noite afaga o corpo húmido na internidade de um cosmos vazo
o caos sereno faz detonar gestos arrebatados
vibram pela epiderme fecunda de quem não existe
o prazer culmina no esperma misturado de espuma salina 

o rumo inverso demonstra que o trilho não existe
que a erosão revolve pegadas para o caos
liso como o veludo celeste pintalgado de verdes que cintilam
o obscuro é alquimia da noite em dia de doses iguais

o corpo revolve para a memória e descobre que não existe
tudo o que estava permanece na mutação
mas o corpo soube que quando esteve foi deus
até que a areia lhe saísse dos pés para o esquecer

sentiste o corpo regressar ao útero mãe?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Livro da Semana - Do Amor

Livro da Semana - Do Amor


Sinopse:

Do Amor, poderá ser apresentado sem reservas, como o mais belo ensaio sobre o tema do Amor. Ainda hoje, mais de um século e meio sobre a sua feitura, os seus trechos admiráveis, revelandouma grande delicadeza de espírito, um refinamento de sensibilidade e, aobretudo, os dotes raros de um observador sagaz e subtil, nada perderam em beleza e actualidade. Henry Beyle, que para a posteridade ficou com o nome de Stendhal, não escreveu para os seus coevos. O público da primeira metade so século XIX quase desconheceu esse mestre incomparável da literatura. Só mais tarde livros como O Vermelho e o Negro, A Cartuxa de Parma e Do Amor, vieram a ser reconhecidos e lidos. Do Amor é uma obra de finos linguagem, de estranhos e delicados cambiantes. Para lá de certas particularidedades de costumes que morreram com a época que os criou, fica a essência do olhar atento de um homem que tão bem soube conhecer e amar os outros Homens. 


Sobre o Autor:

Henri-Marie Beyle, mais conhecido como Stendhal (Grenoble, 23 de janeiro de 1783 - Paris, 23 de março de 1842) foi um escritor francês reputado pela fineza na análise dos sentimentos de seus personagens e por seu estilo deliberadamente seco.
Dandy afamado, frequentava os salões de maneira assídua, enquanto sobrevivia com os rendimentos obtidos com suas colaborações em algumas revistas literárias inglesas. Em 1822 publicou Sobre o amor, ensaio baseado em boa parte em suas próprias experiências e no que expressava idéias bastante avançadas; destaca sua teoria da cristalização, processo pelo que o espírito, adaptando a realidade a seus desejos, cobre de perfeições o objeto do desejo.
Estabeleceu seu renome de escritor graças à Vida de Rossini e as duas partes de seu Racine e Shakespeare, autêntico manifesto do romantismo. Depois de uma relação sentimental com a atriz Clémentine Curial, que durou até 1826, empreendeu novas viagens ao Reino Unido e Itália e redigiu sua primeira novela, Armance. Em 1828, sem dinheiro nem sucesso literário, solicitou um posto na Biblioteca Real, que não lhe foi concedido; afundado numa péssima situação econômica, a morte do conde Daru, ao ano seguinte, afetou-lhe particularmente. Superou este período difícil graças aos cargos de cônsul que obteve primeiro em Trieste e mais tarde em Civitavecchia, enquanto se entregava sem reservas à literatura.
Em 1830 aparece sua primeira obra-prima: O vermelho e o Negro, uma crônica analítica da sociedade francesa na época da Restauração, na qual Stendhal representou as ambições de sua época e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica dos personagens e o estilo direto e objetivo da narração. Em 1839 publicou A Cartuxa de Parma, muito mais novelesca que sua obra anterior, que escreveu em apenas dois meses e que por sua espontaneidade constitui uma confissão poética extraordinariamente sincera, ainda que só recebeu o elogio de Honoré de Balzac.
Ambas são novelas de aprendizagem, e compartilham de rasgos românticos e realistas; nelas aparece um novo tipo de herói, tipicamente moderno, caracterizado por seu isolamento da sociedade e seu confronto com suas convenções e ideais, no que muito possivelmente se reflete em parte a personalidade do próprio Stendhal.
Outra importante obra de Stendhal é Napoleão, onde o escritor narra momentos importantes da vida do grande general Bonaparte. Como o próprio Stendhal descreve no início deste livro, havia na época (1837) uma carência de registros referentes ao período da carreira militar de Napoleão, sobretudo, sua atuação nas várias batalhas na Itália. Dessa forma, e também porque Stendhal era um admirador incondicional do corso, a obra prioriza a emergência de Bonaparte no cenário militar, entre os anos de 1796 e 1797 nas batalhas italianas. Declarou, certa vez que não considerava morrer na rua algo indigno e, curiosamente, faleceu de um ataque de apoplexia, na rua, sem concluir sua última obra, Lamiel, que foi publicada muito depois de sua morte.

O reconhecimento da obra de Stendhal, como ele mesmo previu, só ocorreu cerca de cinquenta anos após sua morte, ocorrida em 1842 na cidade de Paris.



Título: Do Amor (1962)
Texto: Stendhal 
Tamanho:19,5x13
ISBN: não existe
Páginas:407 páginas
Editora: Editorial Presença
PVP: 10.00 
  




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Iº Flea Market ABC da Cultura


Iremos presentear-vos com livros usados na primeira edição do Flea Market, na ABC da Cultura, Palacete de S.Pedro no próximo sábado, 17 de Novembro. Vilateca Livraria Galeria, bons livros usados, na palma da mão.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Livro da Semana - A Neve do Almirante

Livro da Semana - A Neve do Almirante

Sinopse

Álvaro Mutis, reputado escritor colombiano nascido em 1923, publica em 1945 poemas no suplemento de domingo do jornal "El Espectador", de Bogotá, o poema intitulado A Oração de Maqroll el Gaviero, que virá a ser o protagonista dos seus romances. A partir da experiência de vida na plantação de café e cana de açucar familiar, irá inventar um território da sua ficção, chamado Coello.
O seu principal romance é A Neve do Almirante, em que o narrador descobre um velho onde são narradas as aventuras de Maqroll el Gaviero ao subir o rio Xurando, depois de ter deixado a sua amante, Flor Estevez, que dirige um bar para camionistas que se chama "A Neve do Almirante". 

Em A Neve do Almirante, Mutis faz do mar, ou melhor, de um rio, o cenário de uma história em que mistura a busca pelo desconhecido, o medo da morte e a descrição detalhada de personagens de traços grotescos e senso de ética surpreendente.

Excerto

"O seu aspecto mudara completamente. Não que parecesse mais velho, mais estragado pelo passar dos anos e a fúria dos climas por onde andara. Não fora assim tão longo o tempo da sua ausência. Era outra coisa. Algo que transparecia no seu olhar, vago e cansado..."


Título: A Neve do Almirante
Texto: Álvaro Mutis
Tamanho:21,5x12,5 cm
ISBN: 972 747 597 3
Páginas:157 páginas
Editora: Planeta de Agostini
PVP: 4.00 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Encerramento Temporário

Caros Amigos e Amigas,

A Vilateca Livraria Galeria, estará fechada durante a parte de tarde de hoje, dia 9 de Novembro, e amanhã, durante todo o dia, 10 de Novembro, por motivos associativos.
Voltaremos em breve!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Livro da Semana - No País das letras

Livro da Semana - No País das Letras



A obra seleccionada esta semana, a semelhança dos muitos livros já aqui divulgados, tem uma característica especial, que está associada à maioria das obras disponíveis na Vilateca, a sua condição, enquanto livro de colocar as crianças num patamar de motivação e criatividade evitando fórmulas de literatura infanto-juvenil vai virada para a fruição, diremos mesmo de intertenimento. Há boa e má literatura infantil. 

No caso do livro escrito por Francisco Vaz da Silva, é um exemplo que ultrapassa o universo mágico que existe na maioria dos livros. No conto, através da apresentação num contexto familiar do País da Letras, procura-se aproximar todas as crianças de um país, embora metafóricamente imaginário, muito perto de nós, a mátria dos escritores. 

Neste universo paralelo, tudo se desenvolve através das letras. E não é real, não é descabido dizer que os escritores estão mergulhados numa sopa de letras. Com esta atitude desvela-se a moral, e aproximam-se culturalmente leitor e escritor.

Como disse Francisco Vaz da Silva, " Pretende ser (o livro), também, uma modesta homenagem a todos os escritores que aceitam partilhar connosco o seu universo fantástico sem o qual a nossa vida seria mais podre, senão impossível". 

A cultura não certamente não eliminará a fome do mundo, mas está o Homem autorizado a eliminar a cultura de uma sociedade desenvolvida por não ser um bem essencial?

Título: No país das letras
Texto: Francisco Vaz da Silva
Tamanho: 23x23
ISBN: 978 972 36 1115 1
Páginas: 28
Editora: Afrontamento
PVP: 12.00



Mercadinho da Vila 2ª Edição

Corredor Mercadinho da Vila, minutos antes da abertura sábado


Mercadinho da Vila 2ª Edição
Um balanço

Decorreu no passado fim de semana dias 3 e 4 de Novembro. Foi mais uma oportunidade de encontrar a preços económicos um pouco do que cada um tem em casa, o que produz, o que vende, em segunda-mão. Desta vez tivemos uma maior adesão de participantes. O local era central, num dos pavilhões do Mercado Municipal de Vila Real, habitualmente espaço de venda de produtos hortículas, de pregões. Desta vez não houve pregões. O dia estava frio e com pontadas de chuva. Sol muito pouco; não acertou no verão de S.Martinho, o evento. 

Nesta edição notou-se uma maior convialidade entre os vendedores. Para a Vilateca Livraria Galeria, a segunda edição do Mercadinho da Vila foi positiva. Ainda é cedo para falar em saldos positivos, este tipo de feiras não acontece todos os dias. Especialmente para todos aqueles que não conheçe esta nova a renovadora visão de Vila Real convido-vos a estarem presentes na próxima edição do Mercadinho Da Vila. 

A adesão do público nesta edição francamente desapontou a maioria dos participantes, vários factores se concregaram, mas se não houver convição e força de vontade facílmente poderemos vacilar. 

O Mercado Alternativo vai continuar!


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Mercadinho da Vila 2ª Edição

Mercadinho da Vila 2ª Edição

Cartaz

Amanhã realiza-se a segunda edição do Mercadinho da Vila. Durante a primeira edição a Vilateca Livraria Galeria esteve presente com o acervo de livros usados, e mais alguns produtos que se podem encontrar na loja. Para este evento, levaremos apenas os livros usados, e alguns livros em promoção, uma migalhas.
Durante o próximo sábado Vila Real vai passar novamente por uma mudança. Vamos tornar a nossa vida mais prática. Ao mesmo tempo que nos livramos de alguns despojos, encontrar oportunidades de negociar por baixos preços. Esperemos encontrar com a reciclagem e o reaproveitamento de artigos em segunda-mão uma continuidade e inovação neste ramos de negócios. O tempo assim obriga, mas também a vontade de quebrar com o que se encontra massificado. É por isso que a Vilateca Livraria Galeria também participa. Além disso, no sábado e domingo iremos realizar às 15.00 horas, uma sessão de leitura de poesia, no espaço central do Mercadinho da vila. A sessão tem a duração de 30 minutos. 
Façam uma visita, e recordem-se, isto está para ficar; o Mercadinho da Vila.

Mercado Municipal